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A solução que você procurava para trabalhar as emoções na escola
Transforme impulsividade, frustrações e medos em aprendizados com o filme Divertidamente
Ei, professor(a), como está?
Você lembra da Alegria, da Tristeza, do Medo, da Raiva e da Nojinho?
Aquela turminha que vive dentro da cabeça da Riley, no filme Divertidamente? De um jeito tão leve e divertido, elas mostraram ao mundo que todas as emoções são importantes, mesmo aquelas que a gente preferia evitar.
Pois é… se na animação elas já davam um show de autoconhecimento, imagina na vida real, na nossa sala de aula?
Hoje, mais do que nunca, as crianças chegam carregadas de sentimentos que nem sempre sabem nomear ou entender.
E nós, no papel de educadores, estamos bem ali: na linha de frente! Temos a missão de ajudar a organizar essa bagunça emocional, acolhendo, orientando e, acima de tudo, ensinando que sentir faz parte do aprender.
A educação emocional deixou de ser um “plus” e virou uma necessidade urgente. Num mundo tão acelerado e cheio de estímulos, preparar nossos alunos para lidar com suas emoções é tão importante quanto ensinar português e matemática.
Então, nesta news convido você a embarcar comigo nesse aprendizado Divertidamenteeducativo: como podemos, na prática, transformar a escola em um espaço no qual as emoções são reconhecidas, respeitadas e inseridas no processo de aprendizagem?
Boa leitura!
Educação emocional: o que Divertidamente pode ensinar aos nossos alunos?
Como reconhecer, acolher e trabalhar as emoções em sala de aula

Se você assistiu a Divertidamente, sabe: cada emoção tem um papel fundamental na nossa vida. Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho — todas são necessárias, mesmo quando a gente gostaria que só a Alegria tomasse conta do comando.
No dia a dia da escola, convivemos com essas emoções o tempo todo, às vezes todas juntas, no mesmo aluno, no mesmo dia!
E como ajudar as crianças a lidar com esse turbilhão?
Tristeza — Quando acolher vale mais do que animar
No filme, a Tristeza aparece como a “vilã” no começo, mas logo entendemos que ela tem uma função essencial: ajudar a processar perdas, pedir ajuda e buscar acolhimento.
Muitas vezes, na escola, nosso primeiro impulso é dizer “não fica triste!” ou “anime-se, vai passar!”, mas isso invalida a experiência emocional da criança.
Como educadores, podemos fazer diferente: criar espaço para que ela expresse o que sente, sem julgamento. Perguntar “quer me contar o que está te deixando assim?” ou simplesmente ficar ao lado dela em silêncio já é um grande apoio. A Tristeza, quando acolhida, passa e transforma-se.
Alegria — Nem sempre tudo é festa
A Alegria é a líder carismática em Divertidamente, mas até ela comete erros, como quando tenta evitar a Tristeza a todo custo.
Na escola, também encontramos essa alegria desmedida: aquela criança que não consegue esperar a vez, que ri na hora errada ou que quer brincar o tempo todo, sem perceber os limites do outro.
Aqui, nosso papel é ajudar a desenvolver a empatia: mostrar que a alegria é maravilhosa, mas que também é preciso perceber como o outro está se sentindo. Propor atividades em grupo, que envolvam escuta e cooperação, é uma boa maneira de ensinar que a alegria compartilhada é ainda mais gostosa.
Medo — O guardião da segurança
Na animação, o Medo evita que a Riley se machuque ou passe vergonha.
O mesmo ocorre na escola. Ele também aparece: aquele aluno que hesita antes de responder, que tem receio de participar, ou que não quer tentar algo novo.
Em vez de rotular ou forçar alguém como “medroso”, devemos acolher: reconhecer que o medo natural, e que ele nos protege. Incentivar pequenos passos, celebrar cada avanço e mostrar que errar faz parte do aprendizado ajuda muito.
Frases como “eu sei que dá um frio na barriga, mas estou aqui com você” são poderosas.
Raiva — Quando a frustração vira explosão
Quem não se lembra do cabelinho pegando fogo quando a Raiva entra em ação?
Na escola, esse personagem surge quando a criança perde a paciência, não consegue o que quer ou se sente injustiçada. Nosso desafio é ajudar a transformar essa energia intensa em algo mais construtivo.
Assim, podemos ensinar a identificar os sinais físicos da raiva (coração acelerado, respiração ofegante), nomear o que está sentindo e buscar alternativas: respirar fundo, contar até dez, escrever ou até desenhar o que incomoda.
Nojinho — A emoção que protege, mas também exclui
No filme, Nojinho protege Riley de coisas perigosas (ou, às vezes, só do brócolis).
Durante o período escolar, essa emoção pode aparecer como uma resistência: ao experimentar novos alimentos, a mudar de turma ou até na interação com colegas diferentes.
Cabe a nós ajudarmos as crianças a diferenciar o “nojinho” protetor de preconceitos ou resistências desnecessárias. Estimular o respeito à diversidade e propor experiências sensoriais seguras, que ampliem o repertório delas, é fundamental.
E a ansiedade?
Sim, eu não mencionei todos os personagens do filme. A ansiedade, por exemplo, ficou de fora. Isso porque, embora presente, cada faixa etária tem uma forma de demonstrá-la.
Nos pequenos, pode aparecer como agitação, dificuldade para esperar a sua vez ou até resistência para participar de atividades em grupo. Já entre os mais velhos, pode-se manifestar no excesso de autocobrança, medo de errar, procrastinação ou até isolamento.
Em sala de aula, podemos ajudar criando um ambiente seguro, com rotinas previsíveis que proporcionem estabilidade emocional. Mais do que valorizar o resultado, é essencial reconhecer o esforço de cada criança, mostrando que erros fazem parte do processo de aprendizagem.
Assim como Riley precisou integrar todas as suas emoções para amadurecer, nossos alunos também precisam desse equilíbrio para crescer e aprender. E nós, professores, somos guias nesse processo tão humano e transformador.
Vamos continuar a educar emoções, Divertidamente, e com muito afeto?
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Abaixo, você confere sugestões de atividades para melhorar o controle das emoções, promovendo o autoconhecimento e a regulação emocional dos alunos.
1. O Painel das Emoções
Como fazer:
Proponha que cada aluno desenhe ou escreva sobre uma situação que o fez sentir alegria, tristeza, raiva, medo ou nojo.
Depois, colem tudo em um mural dividido com as cinco emoções do filme.
Estimule a troca: cada um pode contar a história ou explicar o que sentiu.
Objetivo:
Ajudar as crianças a nomearem as emoções, reconhecendo que todas são importantes e naturais.
Desenvolver empatia ao ouvir como os colegas sentem e reagem.
2. O Diário Divertidamente
Como fazer:
Entregue pequenos cadernos ou folhas para que, ao final de cada dia ou semana, os alunos escrevam qual emoção mais sentiram e por quê.
Peça que relacionem o que poderiam ter feito de diferente ou o que aprenderam com aquela emoção.
Objetivo:
Estimular a auto-observação e a regulação emocional.
Criar um hábito saudável de reflexão sobre os próprios sentimentos.
3. A Roda das Emoções
Como fazer:
Construa uma roleta colorida com as cinco emoções de Divertidamente.
Em roda, cada aluno gira e, ao parar em uma emoção, deve contar ou inventar uma situação em que sentiu aquilo.
Objetivo:
Tornar o aprendizado sobre emoções mais lúdico e participativo.
Desenvolver a expressão oral e a compreensão emocional.
4. Teatro das Emoções
Como fazer:
Divida a turma em pequenos grupos.
Cada grupo sorteia uma emoção e cria uma pequena cena teatral que a represente, usando expressões, gestos e falas.
No final, todos conversam sobre o que perceberam e como lidam com essas emoções.
Objetivo:
Trabalhar a expressão corporal e compreender como as emoções se manifestam.
Desenvolver a empatia ao compreender como os colegas vivenciam sentimentos.
5. Caixa de Primeiros Socorros Emocionais
Como fazer:
Monte uma caixa na sala com objetos, cartões, frases ou desenhos que ajudem a acalmar ou alegrar os alunos em momentos difíceis (por ex.: bolinhas antiestresse, livros, mensagens positivas).
Ensine os alunos a usarem a caixa sempre que se sentirem sobrecarregados.
Objetivo:
Incentivar o autocuidado e o desenvolvimento de estratégias de regulação emocional.
Criar um ambiente seguro e acolhedor na escola.
6. O Mapa da Mente da Riley
Como fazer:
Mostre aos alunos como a Riley, no filme, tem as “ilhas da personalidade” baseadas em suas memórias importantes.
Peça que cada criança desenhe o seu próprio mapa, criando ilhas para coisas importantes na vida dela: família, amigos, escola, esportes, etc.
Objetivo:
Ajudar na identificação do que é importante para cada um, reforçando valores e autoconhecimento.
Estimular a expressão artística e fortalecer vínculos entre os colegas.
Livros sobre Educação Emocional
A seguir, selecionei alguns livros para você aprender mais sobre Educação Emocional
O livro “Educação Emocional Para Professores” aborda-se a importância de o professor desenvolver sua própria inteligência emocional para educar de forma integral. Trata-se de um guia de autoconhecimento para lidar com a prática docente. Veja na Amazon
Em "Educação Emocional Positiva", a temática gira em torno da psicologia positiva. A autora acredita que é possível ensinar crianças a tornarem-se adultos felizes.Veja na Amazon
“A raiva não educa. A calma educa” é um livro que propõe a educação respeitosa, que valoriza as necessidades e os sentimentos das crianças. A autora destaca que a verdadeira mudança começa nos adultos. Veja na Amazon
Conteúdos relevantes do mundo da educação
Para finalizar, selecionei alguns conteúdos relevantes do mundo da educação. Tem notícia, pesquisa e inspiração.
[notícia] Escola investe em educação emocional para apoiar alunos nos desafios da vida
O Colégio Progressão, localizado no Vale do Paraíba, está implementando um programa de educação emocional para apoiar seus alunos nos desafios da vida. A iniciativa visa desenvolver competências socioemocionais, como empatia e resiliência, integrando-as ao currículo escolar. Leia no G1
[pesquisa] 61% das famílias preferem escolas com inteligência emocional
Uma pesquisa global realizada entre 2022 e 2023 revelou que 61% das famílias brasileiras preferem escolas que priorizam o desenvolvimento da inteligência emocional dos alunos. O estudo, que contou com a participação de 1.001 brasileiros, incluindo famílias e educadores, destacou a valorização da aprendizagem socioemocional no ambiente escolar. Leia na CNN Brasil
[inspiração] SP investe em aulas de inteligência emocional e muda rotina de crianças na escola e em casa
No Dia Mundial da Educação, o estado de São Paulo anunciou a implementação de aulas de inteligência emocional para alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental. Essas atividades visam desenvolver habilidades, como autoconhecimento, empatia e relacionamento interpessoal. Leia no SP. Gov
A news da semana termina aqui. Espero que ela te inspire a cultivar ainda mais a educação emocional em sala de aula, fortalecendo vínculos e deixando uma marca afetiva e transformadora na vida dos seus alunos.
Boa aula e até a próxima!
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